A placa Mercosul começou a ser testada no Rio de Janeiro em 2018 e passou a ter vigência em todo o território nacional em janeiro de 2020. A partir de então, a circulação no país começou a aumentar, ao mesmo tempo em que algumas dúvidas surgiram pelo caminho.
Afinal, é obrigatória a troca pela placa Mercosul para todos os veículos? O que muda com a atualização? Como trocar a placa Mercosul da minha frota? Como o novo modelo funciona? Todas essas perguntas contam com uma resposta bem clara e objetiva para que você, gestor de frota, possa ficar por dentro do que há de mais importante sobre o assunto.
A partir de agora você poderá entender como se adequar à padronização estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), através do nosso texto da semana. Aproveite a leitura!
O que é a placa Mercosul?
É o modelo de placas implementado há menos de 10 anos no bloco econômico sul-americano. Para entender como funciona a placa Mercosul, é simples. O principal objetivo para a sua criação é o de estabelecer uma padronização a fim de dificultar clonagens, falsificações e ampliar as possibilidades de combinações.
As placas cinzas, que estiveram em vigência desde 1990, contavam com 3 letras e 4 números, e permitiam 175 milhões de possibilidades. Agora, com 4 letras e 3 números, as combinações chegam a 456 milhões.
No Brasil, a sequência é AAA1A11, com três letras da placa Mercosul, um número, uma letra e mais dois números. Os veículos que hoje utilizam a placa antiga, ao solicitarem a mudança, terão o segundo número substituído por uma letra, de acordo com a ordem do alfabeto.
O novo modelo é branco com uma faixa azul em cima, possui a bandeira do Mercosul do lado esquerdo, o nome do país no centro e a bandeira federativa do lado direito. Abaixo da bandeira que representa o país, vai o estado de filiação. Além disso, a chapa também conta com um QR Code, que serve para consultar informações sobre veículo e condutor.
Em ordem cronológica, os países do bloco que a adotaram são:
- Uruguai (2015);
- Argentina (2016);
- Brasil (2018);
- Paraguai (2019).
Quais são os tipos de placas Mercosul?
As variações de uso das placas Mercosul correspondem aos diferentes tipos e categorias de veículos. O que diferencia um modelo de emplacamento de outro é a cor das letras e números. A lógica é a seguinte:
- Preto: veículos particulares;
- Vermelho: veículos comerciais;
- Azul: veículos oficiais, de representantes diplomáticos, cônsules e internacionais;
- Verde: veículos especiais, como os usados em test drive;
- Amarelo: diplomáticos;
- Cinza: veículos de colecionadores.
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É obrigatória para todos os veículos a troca de placas?
Não exatamente. Os veículos novos, que passam pelo primeiro emplacamento são os que, de imediato, terão a placa do Mercosul instalada. Além disso, caso o seu carro tenha a placa furtada, danificada ou mude de estado, município ou categoria (um veículo normal se tornando táxi ou vice-versa), então ela também deverá ser alterada.
Nos demais casos em que os veículos não se encaixem nos critérios citados, a troca é voluntária e pode ser feita a qualquer momento.
Como trocar a placa Mercosul da minha frota?
Para solicitar a troca das placas da sua frota para o modelo Mercosul, você, gestor de frota, deve estar atento aos seguintes passos:
- Acesse o portal do Detran do seu estado;
- Solicite a emissão de um novo Certificado de Registro do Veículo (CRV). Ele é fundamental para a transferência de propriedade de qualquer automóvel;
- Leve o veículo para vistoria em uma empresa credenciada ao Detran;
- Em seguida, escolha uma estampadora, também credenciada ao Detran (a lista de empresas costuma estar disponível no site do órgão). Ela será responsável por fornecer e trocar a placa.
Os valores para troca da placa Mercosul não são tabelados. Cada fornecedor estipula um preço, considerando o trâmite necessário. O Detran define um teto sobre esse valor, para que não haja diferenças absurdas entre os preços praticados no serviço.
Agora que você já sabe como trocar a placa Mercosul, continue aprofundando seus conhecimentos sobre gestão de frotas. Confira os erros mais comuns e aprenda como evitá-los.