O valor do vale alimentação atende às necessidades dos brasileiros?

44% dos colaboradores de empresas brasileiras consideram que o valor da carga mensal do cartão de benefícios não atende suas necessidades alimentares, aponta pesquisa da ValeCard

• Levantamento realizado com 666 funcionários de empresas em todo o território nacional mostra a percepção sobre o poder de compra de itens básicos de consumo no dia a dia com cartão de benefícios
• Mais de 45% dos usuários definem o local de compras com base no preço dos produtos, ou seja, buscando locais onde o seu vale rende mais

Depois do pagamento salarial, um dos dias do mês mais aguardados pelo trabalhador brasileiro é a recarga do cartão de benefícios, cujo papel é tão importante que é considerado um complemento da renda, influenciando na qualidade de vida e nutricional do colaborador. Para entender quais as preferências ao utilizá-lo, a ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento, realizou uma pesquisa com 666 pessoas de todo o Brasil. A relevância do vale é praticamente unânime: 89% dos entrevistados preferem ganhar um aumento no valor do cartão-alimentação ou refeição a receber outros benefícios.

No entanto, o montante recebido ainda está longe de ser ideal: 44% dos respondentes consideram que o valor da carga mensal não atende suas necessidades alimentares mensais. Em relação ao poder de compra, para a maior parte dos usuários de todo o país (82%) o valor do cartão é considerado baixo ou suficiente para atender às necessidades básicas, mas não proporciona excedentes. Um caminho apontado pelo levantamento é que 98% dos usuários acreditam que deveria ser reajustado anualmente, de acordo com a variação da inflação, para acompanhar o aumento do custo de vida.

Em acordo, dados do IBGE mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro de 2023 ficou 0,28 ponto percentual acima da taxa de novembro e fechou o ano com alta acumulada de 4,62%. Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro, com destaque para o grupo Alimentação e bebidas, que registrou a maior variação (1,11%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual).

Na hora de passar o cartão, a prioridade para 90% dos entrevistados é comprar itens básicos de alimentação. A estratégia utilizada é adquirir alimentos para o preparo de refeições. Em último caso, apenas 7% utilizam o valor para comprar lanches ou pratos prontos.

Além de influenciar a maneira de gastar, o cartão de benefícios também indica onde gastar. Em primeiro lugar (45%), o critério é o local em que o vale rende mais, em segundo (21%) é a proximidade do estabelecimento, em terceiro (19%) a qualidade dos itens, e em quarto (15%) a variedade.

Cartão de benefícios é uma ferramenta importante para satisfação do colaborador

Um grande aliado do colaborador para complementar a renda ao longo do mês, o vale também é estratégico para as empresas. Segundo apurado pela ValeCard, 72% dos funcionários em todo o país relataram que o auxílio contribui com a satisfação no trabalho. Apenas 11% afirmam que o cartão de benefícios tem pouca ou nenhuma relação com a felicidade corporativa.

Ao passo que 83% dos colaboradores gostariam de um aumento no valor dos benefícios, 17% desejam outros benefícios voltados para saúde e bem-estar, tais como auxílio para atividades físicas e incentivo à alimentação saudável. Para as empresas que desejam aderir a outros tipos de benefícios, a pesquisa mostra as preferências dos funcionários. No ranking aparecem, em primeiro, vale-farmácia (43%), em segundo o vale-combustível, como auxílio para o deslocamento até o trabalho (38%), adiantamento salarial (12%), e despesas educacionais (7%).