Brasileiro passa a cozinhar mais em casa para tentar driblar a inflação, mostra ValeCard
De acordo com o levantamento, quase todos os gastos com alimentação fora de casa tiveram declínio
Neste ano, os brasileiros têm mudado os seus hábitos de consumo alimentar para tentar economizar. Uma pesquisa feita pela ValeCard mostra que o gasto com as refeições dentro de casa tem aumentado em 2024 na comparação com o ano passado, ao passo que o consumo em bares e restaurantes está em declínio.
De acordo com o levantamento, quase todos os gastos com alimentação fora de casa tiveram declínio, considerando a média mensal de janeiro a novembro deste ano frente ao mesmo período de 2023. Isso inclui gastos em padarias (-14%), lanchonetes (-18%), restaurantes (-29%) e bares (-32%).
Em contrapartida, as despesas para compra de alimentos para preparo em casa aumentaram quase que de forma generalizada. Isso ocorreu em supermercados (+55%), mercearias (+113%) e minimercados (+7%). O único que teve queda foi atacadista, de 3%.
Confira abaixo as variações dos gastos médios mensais feitos com cartões Valecard:
Setores | 2023 x 2024 |
AÇOUGUE | 35% |
ATACADISTA | -3% |
BAR | -32% |
BAR / RESTAURANTE | -54% |
CASA DE CARNES | -29% |
LANCHONETES | -18% |
LOJA DE CONVENIÊNCIA | -52% |
MERCEARIAS | 113% |
MINIMERCADO | 7% |
PADARIAS | -14% |
PEIXARIAS | 45% |
PIZZARIAS | -27% |
POSTOS | -20% |
RESTAURANTES | -29% |
SACOLÕES/ VAREJÕES/ HORTIFRUTI | -35% |
SUPERMERCADO | 55% |
SUPERMERCADO/RESTAURANTE | -16% |
SUPERMERCADOS/PADARIAS | 20% |
Um dos principais fatores que levam a essa mudança de comportamento é o avanço da inflação em 2024.
O IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo, indicador oficial da inflação no Brasil, mostrou que, no acumulado de 2023, os preços dos alimentos consumidos em casa caíram 0,52%. Contudo, de lá para cá, o cenário mudou consideravelmente. Fatores como a apreciação do dólar frente ao real, as enchentes no Rio Grande do Sul e as secas em outras regiões do país fizeram com que os preços dos alimentos subissem.
Tanto a alimentação dentro de casa quanto fora de casa tiveram alta este ano. Até outubro de 2024, segundo dados do IPCA publicados pelo IBGE, a alimentação no domicílio apresenta alta acumulada de 5,08%. Já a alimentação fora do domicílio apresenta alta acumulada de 4,13% no mesmo período.
Mesmo assim, o consumidor que opta por preparar suas refeições consegue uma boa economia no final do mês. Isso porque, em novembro, o cupom médio gasto nos supermercados é de R$ 136,36, alta de 21% frente aos R$ 112,36 em igual mês do ano passado.
Já na refeição fora do lar, o aumento foi maior. Nas lanchonetes, o cupom médio dos clientes da ValeCard é de R$ 81,37, alta de 17% em comparação com os R$ 69,54 do ano passado. Nos bares, a média teve um acréscimo ainda maior, passou de R$ 30,89 para R$ 43,67 (+41%).
Os números também vão em linha com uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) divulgada no início de agosto. Segundo este levantamento, o preço de uma refeição completa fora de casa subiu 10,80% frente a 2023, para uma média de R$ 51,61. O estudo foi realizado entre março e maio de 2024, tendo analisado preços em 4.502 estabelecimentos em 51 cidades espalhadas por todas as regiões do Brasil.
Assim, para que um trabalhador almoce durante 21 dias de trabalho em um mês, ele teria que desembolsar R$ 1.083,81, ou cerca de 76% do salário mínimo de R$ 1.412.
Diante disso, a tendência de consumo mais voltada para a alimentação em domicílio revelada pela ValeCard, ainda que também sujeita à pressão inflacionária atual, se mostra mais viável financeiramente.
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